Uma das notícias mais esperadas por quem trabalha com cores é essa: afinal, qual será a cor do ano de 2019? Ela deve ser divulgada no começo de dezembro pela Pantone, marca que virou referência em linguagem que comunica todas as fases do processo de gerenciamento de cores da indústria, passando por designers, fabricantes, revendedores e até consumidores. Mas por enquanto, a gente pode fazer leituras de pesquisas divulgadas esse ano e do que se viu nas passarelas e projetos de decoração por aí.
Eu aproveitei a deixa para conversar com a Blanca LLiahnne, expert em cores da Pantone e perguntar a opinião dela sobre a cor do ano de 2019 e o processo dessa escolha:
Lu: Blanca, como a Pantone elege a cor do ano?
Blanca LLiahnne: Temos uma equipe que realiza um estudo global das preferências por cores nos últimos desfiles, combina com pesquisas de tendências e está sempre alerta para as cores que estão no horizonte – e também para as que estão saindo de cena. Esse observatório mundial colhe informações e o time criativo entra em ação com o story telling, que traz a história e a simbologia de cada cor.
Lu: Qual é sua aposta para a cor do ano de 2019? Por quê?
Blanca LLiahnne: Aposto em tons suaves e lavados, como o azul claro. Os lilases fizeram grande sucesso e foram celebrados em todo o ano de 2018. Agora, são os azuis claros que estão no horizonte, vindo forte nas tendências. É uma cor facilmente aceitável e comercial. Combina perfeitamente com os lilases, que predominaram até agora. E eu aposto que será um azul claro luminoso, por conta de sua energia. Outra aposta seria na família dos corais, pois a gente tem visto bastante.
Lu: De acordo com os estudos da Pantone, quais comportamentos estariam por trás dessas cores?
Blanca LLiahnne: Isso só saberemos no dia da divulgação da cor do ano, pois faz parte do story telling anunciado pela Pantone. O que eu posso fazer é sugerir que as pessoas pesquisem os relatórios que estamos lançando gratuitamente nas redes sociais da Pantone.
Lu: Da cartela verão 2019 alguma cor te surpreendeu?
Blanca LLiahnne: O gosto por cores artificiais. É uma consequência do uso de plásticos, borrachas e materiais que podem até ser criados de maneira sustentável, mas são artificiais. Algumas marcas muito antenadas já trabalharam nessa última NYFW com acabamentos plastificados que, por consequência, têm essas cores fortes e artificiais.
Fotos: Divulgação e Reprodução/Instagram @pantone
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