Não é de hoje que eu falo sobre a importância de as marcas olharem para a diversidade de corpos, cabelos e peles na hora de pensarem seus produtos. Quem fez isso desde cedo, como Christian Louboutin e Fenty Beauty, parecia estar à frente do seu tempo. Mas agora já passou da hora, né? Tanto que chegou até um dos ícones da beleza europeia loira, magra de olhos azuis: a Barbie.
Sim, a Mattel anunciou o lançamento de uma nova leva de Barbies, entre elas uma com vitiligo. Eu fico imaginando a importância desse fato em termos de representação para crianças que sofrem dessa doença autoimune, em que anticorpos do organismo inibem a produção de melanina (o pigmento que dá cor à nossa pele).
Não faz muito tempo, as manchas brancas – que surgem nos cotovelos, joelhos, extremidades de mãos e pés e no rosto – eram motivo de vergonha, por fugirem do padrão irreal que víamos em revistas e filmes. Hoje, fico muito feliz de ver que as clientes com vitiligo que atendo na consultoria de imagem focada em coloração pessoal não querem mais esconder suas manchinhas nem as enxergam como uma marca negativa no rosto. Ainda bem!
Parte desse movimento “vitiligo is beautiful” começou com a modelo canadense de origem jamaicana Winnie Harlow (acima). Ela foi capa da Vogue Grécia, participou dos desfiles de Jean Paul Gaultier (que contei aqui) e Ralph & Russo e estrelou campanhas de marcas como Diesel e Dior.
Além da Barbie com vitiligo, da linha Fashionistas, a Mattel também apresentou dois bonecos Ken: um ruivo e outro de cabelos longos. É isso mesmo, gente! Viva a diversidade!
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